Matéria no guardian.co.uk "Todos Saudam Cyndi Lauper, a Rainha do Queens"

Todos saudam Cyndi Lauper, rainha do Queens dos cabelos laranja da banda LA Roux às calças rasgadas da cantora Karen O, a influência da música Girls Just Want To Have Fun ainda ecoa através dos anos.

Todos nós sabemos que Nova Iorque esta em baixa atualmente, e uma manifestação encontrada parece ser o novo amor de Cyndi Lauper - a rainha original do Queens. A imagem iconica e trejeitos de Lauper esta retornando na música novamente, mesmo que no som dos anos 1980 que esta presente na Grã-Bretanha ou nos ecos de sua influência em estrelas como Karen O e Santigol....

Tenho estado ouvindo o álbum de estréia de Lauper She's So Unusual (lançado em 1984) e eu tenho a dizer, é muito longe do tempo de capsulas de relíquias 80 que alguns poderiam supor. Na verdade, é surpreendente. Lauper capturou o momento exato da mudança cultural a partir de registros em vídeo, participou da revolução feminista, e tornou-se uma pop star internacional.

O vídeo de Girls Just Wanna Have Fun foi um momento colorido da MTV que tornou-se um dos vídeos definição dos anos 80. Seu olhar brillhava nas telas de televisão de todo o mundo e sua interpretação de uma Nova Iorque multicultural foi uma realização em si mesmo durante os dias iniciais da MTV. A ideologia de Girls Just Wanna Have Fun antecedeu o slogan "girl power" (Lauper realmente apareceu na capa da Newsweek com a linha "Women Power").

Ironicamente, para um recorde acerca de girl power, Lauper não escreveu a canção original que eventualmente tornou-se seu hino - Girls Just Wanna Have Fun foi escrita por Robert Hazard, Lauper ainda usou a faixa (previamente tingida com sentimentos misóginos), lançou um gênero reverso sobre ela, tendo Ellie Greenwich para fazer backing vocals e fez-la para o grito de guerra que permanece até hoje. Muitos artistas dizem odiar a música que fez sua fama, mas Lauper continua orgulhosa de sua canção de assinatura, chamando-a de um "hino para o sexo feminino em todos os lugares".

Embora você poderia argumentar que a história de Lauper não é única (pop moppet cantam covers em numerário), She's So Unusual está mergulhada em sua personalidade. Na verdade, o álbum de Lauper se encaixa tão perfeitamente que é um choque ao descobrir que ela nunca escreveu. Basta verificar os créditos: All Through the Night (Jules Shear); Money Changes Everything (o Brains); When You Were Mine (Prince). Lauper ainda escolheu as canções porque representavam quem ela era. Ela fez a sua própria, provando ser uma das maiores intérpretes de música (e dona de um impressionante alcance vocal de quatro oitavas).

Anos depois de seus três álbuns de pop covers - She's So Unusual, True Colors, e A Night to Remember - Lauper mais tarde documentou sua luta para escrever seu próprio material. Uma canção, o clássico Time After Time (escrito por Lauper e Rob Hyman), justifica essa luta. Aqui, Lauper demonstra sua verdadeira alma para o som de Kate Bush (e a dignidade de sua luta foi ainda mais justificada quando Miles Davis gravou a canção).

No entanto, o comprometimento foi demais para Lauper, que descarrilou sua própria carreira pop para o controle absoluto sobre sua música. Embora ela não tinha mais o estrelato internacional, ela manteve a integridade, a incorporação de temas pesados e ativismo social de seus álbuns posteriores.

Retorno triunfante de Lauper em 2008 foi um dos momentos mais intrigantes do pop. Trate-se a trabalhar com Basement Jaxx, cantando duetos de Natal com The Hives ou fazer tours gay-pride com Gossip e Debbie Harry, parece que colegas artistas e fãs estão dispostos para Lauper voltar aos dias em que ela tinha o domínio do mundo em sua mão. E eu tenho que dizer que estou com eles.

Fonte: guardian.co.uk