Ivanildo Jansen foi o vencedor do concurso "A Night To Remember" promovido pelo blog em novembro. O concurso consistia no fã contar sua história sobre as vinda de Cyndi ao Brasil em 1989, 1994 e/ou 2008.
São Paulo, novembro de 1989.
Em 1989, explode na mídia a "vinda da cantora CYNDI LAUPER ao Brasil". No Fantástico, Jornal Nacional e por aí a fora. Mas claro, eu não podia faltar a este show. Só que eu ainda morava em São Luís/MA e trabalhava como funcionário público (era assalariado), só tinha 18 anos e não conhecia ninguém em São Paulo, nem no Rio de Janeiro. Porém peguei toda a minha grana do mês de outubro e saí de São Luís no dia 31/10/89, de ônibus, com destino a São Paulo, pois não tinha como ir também ao Rio. Comendo farofa e pão de forma. Minha mãe tinha me feito um bolo que ajudou muito na alimentação.
No dia 03/11 chequei a São Paulo, desembarquei na rodoviária e fui à procura de uma fã do Bon Jovi, que era minha amiga de correspondência, era quem me conseguia vários dos incríveis materiais que possuo da CYNDI. Ela havia me encorajado muito a vir mas o destino não permitiu que nos conhecêssemos pois ela teve que ir para Peruíbe e, como não sabia de nada fui a procura dela. Rodei por toda São Miguel Paulista em busca dela e nada. Caiu a noite e tive que arrumar um hotelzinho para pernoite. Foi onde pude descansar um pouco e, só então, ao ligar o rádio do quarto, foi que fiquei sabendo que a CYNDI já estava no palco do Ibirapuera, pois até então só estava marcado show para o dia 04. Fiquei em desespero ao ouvir um trecho do show, era "All Through The Night", ao vivo! Choro! Alegria... sei lá, veio tudo na hora mas tive que esperar para vê-la só no dia seguinte. E, cedo levantei, peguei a minha bagagem e fui em busca do Ginásio do Ibirapuera.
Cheguei por volta do meio-dia e, vi duas garotas sentadas aonde eu achava que era o portão de entrada. Uns 15 minutos depois comentei sobre o show e elas me disseram então que era no outro portão, corri para lá mas, ufa! eu era o quarto da fila. Passei a tarde lá, conversando com outros fãs, não me lembro de mais nenhum deles e, com aquela bolsa enorme que na hora de entrar me atrapalhou e tive que guardá-la no banheiro. Um segurança ficou de olho para mim (mas acabei ficando sem um vidro de perfume).Tudo bem! Ainda na fila, ouvi a passagem de som e às 21:00hs abriram os portões e foi aquela correria. Como a grana era pouca mesmo, só consegui ficar na arquibancada, de longe, vendo-a de binóculos. Mas valeu a pena. Não vou descrever o show porque a história é longa e, só vendo mesmo para descrever tal emoção. Terminado o show, peguei minhas coisas e segui para a rodoviária.
Já era mais de meia-noite quando cheguei lá, morrendo de medo daquela cidade enorme à noite mas, encontrei lá os 3 rapazes que haviam informado, na porta do ginásio, como eu chegaria no terminal rodoviário Tietê. Eles tinham assistido ao show e eram de Limeira/SP. Carlos, Paulo e Bal (mais conhecido como tio Bal). Passamos a noite inteira conversando sobre tudo, pois eu só teria o meu ônibus para as 18:00 horas do dia seguinte. Umas 5:00 da manhã eles foram embora e por algum tempo ainda nos comunicamos por correspondências. Ainda passei o dia inteiro na rodoviária, comendo os biscoitos que aqueles 3 amigos compraram para mim, até a hora de pegar o ônibus de volta. E assim fiz. Maravilhado com aquele show. O primeiro da minha vida! Nem me importei com as coisas que me aconteceram. Mesmo porque no mês de novembro só há ônibus SP/MA dia sim e dia não e naquele dia não teria por isso fui até Brasília/DF. Cheguei lá à noite mais uma vez dormi na rodoviária para só pegar o ônibus ao meio dia do dia 07. Nenhuma comida forte, só lanche e então peguei o ônibus até Imperatriz/MA, pois a grana já tinha acabado e era só o que eu tinha. E, cheguei lá no dia 08 às 16:00 e, como não quis ligar para minha família para pedir dinheiro e, sem ter mais um tostão pus os pés na estrada e consegui uma carona com um caminhoneiro até Açailândia/MA. Já era meio caminho andado. Cheguei lá já era noite dormi em um caminhão que um frentista me conseguiu, no posto próximo da rodoviário. Passei o dia inteiro naquela cidadezinha, fui até a prefeitura tentar uma passagem para São Luís mas não consegui nem sequer ver o prefeito. Tudo bem! Falei com a moça do clichê de passagens e ela me conseguiu uma passagem. Sempre agradeço a Deus por este anjo. O motorista também. E, assim no outro dia eu consegui chegar em São Luís. Quase 6 dias depois do meu embarque. Minha mãe já estava desesperada mas eu não quis ligar e pedir dinheiro para ela porque ela não concordava com a minha viagem.
São Paulo, novembro de 1994.
Cinco anos se passaram e anunciam o retorno de CYNDI ao Brasil. Daí eu já tinha um amigo de serviço que havia se mudado para SP e, ele me passou um telegrama que eu poderia ficar na casa dele. Ele sabia da minha paixão pela Diva e, ao saber da vinda dela logo tratou me avisar e, assim o fiz. Daí as coisas já estavam um pouco melhores pois eu já tinha aonde ficar, tanto que cheguei uma semana antes do show, pude viajar (ida e volta) de avião, pela primeira vez na vida. Foi uma maravilha. Conheci SP, melhor desta vez meu amigo até fez uma festinha no pequeno apartamento dele (foi uma desculpa eu sei, mas valeu, não é?).
O show desta vez foi no Olympia e fomos eu, meu amigo e uma prima minha que eu conheci desta vez. Chegamos umas 18:00hs e, logo na entrada fui entrevistado pela MTV (vê como eu já estava chique?). Só não sei o porque que esta bendita emissora não mostra este show na TV. Iría dar maior audiência, com certeza. Assisti todo o show , desta vez bem próximo do palco, pude tirar fotos e, no final me aproximei de um fã oriental que chorava o show inteiro, tal qual eu mas ele com uma foto dela na mão. Era o Elísio que, coincidentemente eu já havia me correspondido com ele e, só ficamos sabendo depois. Ele foi então que me levou em vários lugares, como por exemplo na London Calling para comprar materiais dela e, lá eu comprei o "The Best Remixes" e o "Hey Now!.. Girls Just Wanna Have Fun", meus 2 primeiros cds importados. Chique!
Fiquei mais uma semana em SP e ainda fui até Peruíbe conhecer a minha amiga que eu não havia encontrado em 89. Pessoa inesquecível mesmo.Voltei de avião e, para dar uma animada na viagem, houve um problema de comunicação no aeroporto deFortaleza/CE e acabei ficando por lá durante uma hora enquanto que minha bagagem seguiu sozinha para São Luís. Mas correu tudo tranquilo, não perdi nada, Graças a Deus. E, para fechar, em 1995 decidi morar em SP e, vim parar em São Bernardo do Campo.
São Paulo, novembro de 2008.
Já estabelecido em termos veio a notícia do retorno da CYNDI em 2008. Pronto, o que me faltava agora? Nada, só que estava desempregado e pagando aluguel e outras despesas mas, eu não podia faltar, não é? Mesmo assim assisti ao show do dia 13 bem de perto, quase colado na grade, conheci vários fãs, desta vez "correspondentes" da internet e ainda reencontrei meu amigo Elísio, aquele de 95.
No dia 14 eu fui também mas tive que ficar um pouco longe por causa da grana.Mas comprei a mesa de R$ 100,00 e ainda fiquei em uma de R$ 200,00. É que eu não me conformava em ficar tão longe e, conversando com uma funcionária da casa ela me falou para que eu ficasse de olho nas mesas mais próximas que se faltasse alguém era só sentar lá e, assim o fiz. Na mesa tinha só um casal de namorados e, depois eles até me confessaram que não era a mesa deles, háhá, empatamos. Neste show me jogaram uma lata de cerveja porque quando a CYNDI entrou no palco eu levantei e comecei a correr feito louco no salão para tentar tirar minhas fotos.
Foi loucura mas deu tudo certo!
Pronto, é isso!
CYNDI LAUPER eu te amo!
Ivanildo Jansen.
Minhas Aventuras nas vindas de Cyndi ao Brasil
São Paulo, novembro de 1989.
Em 1989, explode na mídia a "vinda da cantora CYNDI LAUPER ao Brasil". No Fantástico, Jornal Nacional e por aí a fora. Mas claro, eu não podia faltar a este show. Só que eu ainda morava em São Luís/MA e trabalhava como funcionário público (era assalariado), só tinha 18 anos e não conhecia ninguém em São Paulo, nem no Rio de Janeiro. Porém peguei toda a minha grana do mês de outubro e saí de São Luís no dia 31/10/89, de ônibus, com destino a São Paulo, pois não tinha como ir também ao Rio. Comendo farofa e pão de forma. Minha mãe tinha me feito um bolo que ajudou muito na alimentação.
No dia 03/11 chequei a São Paulo, desembarquei na rodoviária e fui à procura de uma fã do Bon Jovi, que era minha amiga de correspondência, era quem me conseguia vários dos incríveis materiais que possuo da CYNDI. Ela havia me encorajado muito a vir mas o destino não permitiu que nos conhecêssemos pois ela teve que ir para Peruíbe e, como não sabia de nada fui a procura dela. Rodei por toda São Miguel Paulista em busca dela e nada. Caiu a noite e tive que arrumar um hotelzinho para pernoite. Foi onde pude descansar um pouco e, só então, ao ligar o rádio do quarto, foi que fiquei sabendo que a CYNDI já estava no palco do Ibirapuera, pois até então só estava marcado show para o dia 04. Fiquei em desespero ao ouvir um trecho do show, era "All Through The Night", ao vivo! Choro! Alegria... sei lá, veio tudo na hora mas tive que esperar para vê-la só no dia seguinte. E, cedo levantei, peguei a minha bagagem e fui em busca do Ginásio do Ibirapuera.
Cheguei por volta do meio-dia e, vi duas garotas sentadas aonde eu achava que era o portão de entrada. Uns 15 minutos depois comentei sobre o show e elas me disseram então que era no outro portão, corri para lá mas, ufa! eu era o quarto da fila. Passei a tarde lá, conversando com outros fãs, não me lembro de mais nenhum deles e, com aquela bolsa enorme que na hora de entrar me atrapalhou e tive que guardá-la no banheiro. Um segurança ficou de olho para mim (mas acabei ficando sem um vidro de perfume).Tudo bem! Ainda na fila, ouvi a passagem de som e às 21:00hs abriram os portões e foi aquela correria. Como a grana era pouca mesmo, só consegui ficar na arquibancada, de longe, vendo-a de binóculos. Mas valeu a pena. Não vou descrever o show porque a história é longa e, só vendo mesmo para descrever tal emoção. Terminado o show, peguei minhas coisas e segui para a rodoviária.
Já era mais de meia-noite quando cheguei lá, morrendo de medo daquela cidade enorme à noite mas, encontrei lá os 3 rapazes que haviam informado, na porta do ginásio, como eu chegaria no terminal rodoviário Tietê. Eles tinham assistido ao show e eram de Limeira/SP. Carlos, Paulo e Bal (mais conhecido como tio Bal). Passamos a noite inteira conversando sobre tudo, pois eu só teria o meu ônibus para as 18:00 horas do dia seguinte. Umas 5:00 da manhã eles foram embora e por algum tempo ainda nos comunicamos por correspondências. Ainda passei o dia inteiro na rodoviária, comendo os biscoitos que aqueles 3 amigos compraram para mim, até a hora de pegar o ônibus de volta. E assim fiz. Maravilhado com aquele show. O primeiro da minha vida! Nem me importei com as coisas que me aconteceram. Mesmo porque no mês de novembro só há ônibus SP/MA dia sim e dia não e naquele dia não teria por isso fui até Brasília/DF. Cheguei lá à noite mais uma vez dormi na rodoviária para só pegar o ônibus ao meio dia do dia 07. Nenhuma comida forte, só lanche e então peguei o ônibus até Imperatriz/MA, pois a grana já tinha acabado e era só o que eu tinha. E, cheguei lá no dia 08 às 16:00 e, como não quis ligar para minha família para pedir dinheiro e, sem ter mais um tostão pus os pés na estrada e consegui uma carona com um caminhoneiro até Açailândia/MA. Já era meio caminho andado. Cheguei lá já era noite dormi em um caminhão que um frentista me conseguiu, no posto próximo da rodoviário. Passei o dia inteiro naquela cidadezinha, fui até a prefeitura tentar uma passagem para São Luís mas não consegui nem sequer ver o prefeito. Tudo bem! Falei com a moça do clichê de passagens e ela me conseguiu uma passagem. Sempre agradeço a Deus por este anjo. O motorista também. E, assim no outro dia eu consegui chegar em São Luís. Quase 6 dias depois do meu embarque. Minha mãe já estava desesperada mas eu não quis ligar e pedir dinheiro para ela porque ela não concordava com a minha viagem.
São Paulo, novembro de 1994.
Cinco anos se passaram e anunciam o retorno de CYNDI ao Brasil. Daí eu já tinha um amigo de serviço que havia se mudado para SP e, ele me passou um telegrama que eu poderia ficar na casa dele. Ele sabia da minha paixão pela Diva e, ao saber da vinda dela logo tratou me avisar e, assim o fiz. Daí as coisas já estavam um pouco melhores pois eu já tinha aonde ficar, tanto que cheguei uma semana antes do show, pude viajar (ida e volta) de avião, pela primeira vez na vida. Foi uma maravilha. Conheci SP, melhor desta vez meu amigo até fez uma festinha no pequeno apartamento dele (foi uma desculpa eu sei, mas valeu, não é?).
O show desta vez foi no Olympia e fomos eu, meu amigo e uma prima minha que eu conheci desta vez. Chegamos umas 18:00hs e, logo na entrada fui entrevistado pela MTV (vê como eu já estava chique?). Só não sei o porque que esta bendita emissora não mostra este show na TV. Iría dar maior audiência, com certeza. Assisti todo o show , desta vez bem próximo do palco, pude tirar fotos e, no final me aproximei de um fã oriental que chorava o show inteiro, tal qual eu mas ele com uma foto dela na mão. Era o Elísio que, coincidentemente eu já havia me correspondido com ele e, só ficamos sabendo depois. Ele foi então que me levou em vários lugares, como por exemplo na London Calling para comprar materiais dela e, lá eu comprei o "The Best Remixes" e o "Hey Now!.. Girls Just Wanna Have Fun", meus 2 primeiros cds importados. Chique!
Fiquei mais uma semana em SP e ainda fui até Peruíbe conhecer a minha amiga que eu não havia encontrado em 89. Pessoa inesquecível mesmo.Voltei de avião e, para dar uma animada na viagem, houve um problema de comunicação no aeroporto deFortaleza/CE e acabei ficando por lá durante uma hora enquanto que minha bagagem seguiu sozinha para São Luís. Mas correu tudo tranquilo, não perdi nada, Graças a Deus. E, para fechar, em 1995 decidi morar em SP e, vim parar em São Bernardo do Campo.
São Paulo, novembro de 2008.
Já estabelecido em termos veio a notícia do retorno da CYNDI em 2008. Pronto, o que me faltava agora? Nada, só que estava desempregado e pagando aluguel e outras despesas mas, eu não podia faltar, não é? Mesmo assim assisti ao show do dia 13 bem de perto, quase colado na grade, conheci vários fãs, desta vez "correspondentes" da internet e ainda reencontrei meu amigo Elísio, aquele de 95.
No dia 14 eu fui também mas tive que ficar um pouco longe por causa da grana.Mas comprei a mesa de R$ 100,00 e ainda fiquei em uma de R$ 200,00. É que eu não me conformava em ficar tão longe e, conversando com uma funcionária da casa ela me falou para que eu ficasse de olho nas mesas mais próximas que se faltasse alguém era só sentar lá e, assim o fiz. Na mesa tinha só um casal de namorados e, depois eles até me confessaram que não era a mesa deles, háhá, empatamos. Neste show me jogaram uma lata de cerveja porque quando a CYNDI entrou no palco eu levantei e comecei a correr feito louco no salão para tentar tirar minhas fotos.
Foi loucura mas deu tudo certo!
Pronto, é isso!
CYNDI LAUPER eu te amo!
Ivanildo Jansen.
Que bacana sua história, eu estive nestes três Shows (com você) e tambem conheço o Elísio desde 1989. As três vezes eu viajei de Goiânia para São Paulo e na última fui até Belo horizonte. Passei por varias dificuldades (muito semelhantes).
ResponderExcluirLeon
E-mail LEONLAUPER@IG.COM.BR
Nossa, a história de 89 é incrível! Tenho só 16 anos, então só pude ir ao show de 2008, mas mesmo assim adorei tambem *-*
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